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Mulher recebe 500 milhões de pesos argentinos por engano, gasta o dinheiro e é presa por estelionato

As autoridades apontam que foram feitas 66 transferências e compras de produtos como eletrodomésticos, alimentos e até um carro usado.

26/05/2025 às 12h48
Por: REDAÇÃO MUNICÍPIOS EM AÇÃO Fonte: Itatiaia
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Um erro administrativo em Villa Mercedes, na província de San Luis, na Argentina, mudou a rotina de Verónica Acosta, mãe solo que esperava receber apenas 8 mil pesos de pensão alimentícia. No dia 6 de maio, ela recebeu por engano 510 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 2,5 milhões na conversão atual), gastou parte do valor e acabou denunciada por estelionato.

A quantia, depositada por engano pelo governo provincial, foi em grande parte recuperada pelo banco, mas Acosta teria conseguido movimentar cerca de 44 milhões de pesos em dois dias. As autoridades apontam que foram feitas 66 transferências e compras de produtos como eletrodomésticos, alimentos e até um carro usado.

"Me deparei com esse dinheiro e, com tanta necessidade, fui fazer compras e ajudei minha família com transferências", disse a mulher à rádio argentina FM Latina. Entre os itens adquiridos, estão dois televisores, uma geladeira, uma fritadeira elétrica, micro-ondas, alimentos básicos e um veículo Ford Ka ano 2014.

Artigos Relacionados As transferências foram feitas a parentes, em valores que giravam em torno de 500 mil pesos cada. No total, ela ajudou cinco familiares, que também foram detidos, porém liberados em seguida, mediante pagamento de fiança no valor de 5 milhões de pesos cada. A mulher afirma que devolveu os produtos adquiridos.

A Justiça entende que houve possível má-fé na retenção do valor. A juíza Antonela Panero determinou, na sexta-feira (23 de maio), liberdade provisória aos seis envolvidos, mas com prazo de três dias úteis para o pagamento da fiança. Caso não cumpram, voltarão à prisão.

"Interpus recurso de apelação, não apenas pela acusação de estelionato, que entendo não estar configurada, mas também pelo valor exorbitante da fiança", declarou o advogado de Acosta, Hernán Echeverría.

A Procuradoria do Estado, por outro lado, afirma que houve tentativas de contato com a beneficiária antes do congelamento da conta. "A boa-fé precisa ser demonstrada com ações", disse o procurador Flavio Ávila.

O caso segue em investigação no Juizado de Garantia nº 3 de Villa Mercedes.

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