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Assassino do ator Rafael Miguel e seus pais é condenado a 98 anos de prisão

Júri condena Paulo Cupertino pelo assassinato de Rafael Miguel e família

31/05/2025 às 15h36
Por: REDAÇÃO MUNICÍPIOS EM AÇÃO Fonte: Pipoca Moderna
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Divulgação
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O empresário Paulo Cupertino Matias foi condenado a 98 anos de prisão pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, crime ocorrido em junho de 2019, em São Paulo. A morte do ator de “Cama de Gato” e Chiquititas” e sua família chocou o país.

A sentença foi anunciada na noite de sexta-feira (30/5) pelo juiz Antonio Carlos Pontes de Souza, após decisão do júri popular composto por sete pessoas. Cupertino segue preso desde 2022, após quase três anos foragido, e teve negado o direito de responder a eventuais recursos em liberdade.

Outros dois réus do processo, Eduardo José Machado e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora, acusados de ajudar Cupertino na fuga, foram absolvidos. A decisão do Ministério Público levou em conta a colaboração dos dois durante o processo, o que pesou para a sua absolvição.

Como foi o julgamento e o que disseram defesa e acusação?
O julgamento no Fórum Criminal da Barra Funda durou dois dias, com depoimentos de sete testemunhas e dos três réus, totalizando quase 22 horas de sessão. Familiares das vítimas aplaudiram o anúncio da condenação.

O promotor Thiago Alcocer Marin classificou o julgamento como um caso com provas “incontestáveis” e afirmou: “Se não foi ele, quem foi? Não tem outra pessoa. Ninguém tinha motivo para levantar um dedo para aquela família, a não ser ele. A rainha das provas é a lógica humana. Tem lógica não ser o responsável por um crime e ficar três anos foragido? Foi ele que matou, e mais ninguém”.

Em depoimento, a filha de Cupertino, Isabela Tibcherani, que na época do crime tinha 18 anos e era namorada de Rafael Miguel, relatou que o pai era contra o relacionamento e que o recebeu com agressividade. Segundo Isabela, após ser puxada para dentro de casa, ouviu os disparos que mataram Rafael, João Alcisio e Miriam Selma Miguel.

Cupertino negou o crime, alegando que os assassinatos teriam sido cometidos por um desconhecido que teria aparecido no local, mas se recusou a identificar quem seria, alegando medo da “lei do silêncio” na região.

Qual o impacto da condenação na família das vítimas?
Durante a leitura da sentença, Cupertino demonstrou emoções variadas, chegando a chorar quando sua advogada leu a carta de uma sobrinha que o descreveu como alguém com “bons princípios”. A defesa tentou desqualificar as provas e alegou falta de elementos concretos, pedindo a absolvição.

A filha de Cupertino, Isabela Tibcherani, declarou ter torcido pela prisão do pai e afirmou que, devido ao trauma, faz uso de medicação psiquiátrica e se preocupa com o irmão, que tinha 13 anos na época dos assassinatos. “As pessoas não se colocam no meu lugar, não sabem a dor que é ter que revisitar sempre o momento mais traumático da minha vida. O tanto de remédio que eu tomo hoje em dia, para ansiedade, para transtorno pós-traumático, por conta de uma ação de uma pessoa que deveria me proteger e cuidar de mim”, afirmou.

Cupertino permanece detido no Centro de Detenção Provisória de Guarulhos II, na região metropolitana de São Paulo, onde aguarda eventuais recursos da defesa.

 

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