Em conversa com o produtor e criador de conteúdo indonésio Denny Sumargo, Musthofa relembrou de sua última conversa com Juliana. Segundo ele, percebeu que a brasileira estava muito cansada, mas seguiu em frente com o restante do grupo, pedindo para que ela o aguardasse.
Ao esperar 30 minutos, o guia percebeu que a jovem estava demorando muito e decidiu voltar para verificar o que havia acontecido. “Eu disse para ela: ‘Você pode esperar aqui. Eu só quero checar como eles estão lá na frente. Eu vou te esperar lá’. Eu esperei 30 minutos, e ela não chegou”, relembrou. Ao chegar no ponto em que deixou Juliana, Musthofa percebeu que a brasileira não estava mais lá.
“Voltei ao último lugar e não encontrei nada, mas vi uma lanterna a 150 metros para baixo. Tive a sensação de que era a Juliana. Eu entrei em pânico”, afirmou. Foi então que ele percebeu o que havia acontecido, ficando no local, dando instruções para a jovem.
“Eu fiquei lá o tempo todo porque continuava dando apoio para a Juliana. Eu gritava para ela lá de cima, para ela esperar e nunca, nunca se mover. Ela só conseguia dizer ‘help me’ [me ajude]”, contou.
Guia tinha esperanças de que Juliana Marins fosse resgatada
O guia afirmou que tinha esperanças de que Juliana Marins fosse resgatada com vida. Além disso, o profissional ainda pediu desculpas, afirmando que se encontrou com os familiares da brasileira e deu toda a cronologia dos fatos.
“Encontrei o pai e a irmã dela na embaixada do Brasil. Informei sobre a queda da Juliana, dei a cronologia dos fatos e pedi desculpas a eles também. Eles ficaram com raiva. Eu disse que aceito qualquer consequência”, completou.