Filha de homem que teria matado o cunhado pede que pai se entregue; os dois brigaram por conta do namoro dos filhos, que são primos

A jovem Larysa de Araújo Almeida, de 18 anos, pediu que o pai, Rodrigo Fernandes Almeida, se entregue à polícia. Ele é principal suspeito de matar o cunhado, Alvimar da Silva Gomes, no sábado (12), e está foragido. Alvimar e Rodrigo se desentenderam por causa do namoro dos filhos. Os jovens têm 18 anos e são primos.

"Onde você estiver escondido, aparece, por favor, porque você destruiu a minha vida, você destruiu a vida de uma família", pediu a jovem durante o velório de Alvimar, pai de seu namorado.

O crime, segundo familiares, foi cometido porque Rodrigo não aceitava que a filha namorasse Kaíque, filho de Alvimar.

“Está sendo horrível porque era uma vida. Eu nunca quis isso. Se eu soubesse que seria assim, eu teria evitado de todas as maneiras possíveis”, disse Larysa.

“Ele nem chegou a ter uma conversa comigo. Ele simplesmente só chegou, ameaçou o Kaíque. Deu dois tapas na cara dele. E ficou por isso. Aí, foi aquele nervosismo de tudo. Passou umas semanas e aconteceu isso tudo”, acrescentou a jovem.

O corpo de Alvimar foi sepultado no Cemitério de Nova Iguaçu nesta segunda-feira (14).

Dona Janete, a mãe da vítima, estava inconsolável durante o velório. Já Kaíque não conseguia sair do lado do caixão do pai.

A viúva de Alvimar contou que o marido foi morto da frente dela e da filha de 2 anos do casal, na Rua Paula Cerqueira, no bairro Monte Líbano, em Nova Iguaçu.

Rodrigo é casado com uma das irmãs de Alvimar. A família diz que Rodrigo não admitia o namoro entre a filha, Larysa, e Kaíque.

De acordo com parentes, há duas semanas, Rodrigo agrediu o jovem com dois tapas no rosto.

“Ele agrediu meu filho. Meu filho tava sentado numa praça. Ele chegou, abordou o meu filho e falou: ‘fica longe da minha filha’, gritando. E meu filho falou: ‘fala baixo comigo’. E ele apontou o dedo na cara do meu filho e meu filho falou: ‘abaixa o dedo pra falar comigo’. Nisso, ele foi e deu dois tapas na cara do meu filho”, contou Raquel Rosa, mãe de Kaíque.

Na tarde de sábado, Alvimar encontrou Rodrigo e os dois discutiram. Segundo testemunhas, Rodrigo sacou uma arma e atirou contra Alvimar, que morreu na hora. Rodrigo fugiu em seguida.

“Só lembro dele já chegar atirando e meu marido caindo no chão. E depois ele foi lá e continuou e efetuou vários disparos com meu marido já caído. Ele já tava caído no chão, ele foi lá e atirou mais nele”, disse chorando a viúva, Tainá Macedo Pereira.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Rodrigo é procurado pela polícia.