Um ex-aluno matou nove pessoas e depois se matou em uma escola secundária na cidade de Graz, no sul da Áustria, nesta terça-feira, no pior ataque a tiros escolar da história moderna do país.
O ministro do Interior, Gerhard Karner, disse que seis das vítimas são mulheres e três, homens, e que 12 pessoas também ficaram feridas. Ele não forneceu mais detalhes sobre a identificação das vítimas, mas a mídia austríaca informou que a maioria era aluno.
O motivo do ataque que chocou a nação ainda não é conhecido. Mas a polícia disse presumir que o atirador austríaco de 21 anos, encontrado morto em um banheiro, estava sozinho quando entrou na escola com duas armas e abriu fogo.
"O ataque em uma escola em Graz é uma tragédia nacional que abalou profundamente todo o nosso país", disse o chanceler austríaco Christian Stocker em um comunicado.
"Não há palavras para a dor e o luto que todos nós -- toda a Áustria -- estamos sentindo neste momento."
Stocker viajou para Graz, onde, em uma coletiva de imprensa ao lado de outras autoridades, incluindo Karner, anunciou três dias de luto nacional, com um minuto de silêncio às 10h de quarta-feira.
No local, a polícia estabeleceu um perímetro a algumas centenas de metros da escola, bloqueando o acesso com carros de polícia após o esvaziamento da escola. Familiares das vítimas e alunos estavam sendo atendidos.
O jornal Salzburger Nachrichten informou, em uma reportagem não confirmada, que o suspeito havia sido vítima de bullying.
Armado com uma pistola e uma espingarda, ele abriu fogo contra alunos em duas salas de aula, uma das quais havia sido sua, segundo o jornal.
Julia Ebner, especialista em extremismo do Instituto para o Diálogo Estratégico, afirmou que o incidente parece ter sido o pior ataque a tiros em uma escola na história da Áustria no pós-guerra, descrevendo tais eventos como raros em comparação com alguns países, incluindo os Estados Unidos.
A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, disse no Twitter: "Toda criança deve se sentir segura na escola e ser capaz de aprender sem medo e violência. Meus pensamentos estão com as vítimas, suas famílias e o povo austríaco neste momento sombrio."
(Reportagem de Francois Murphy, Alexandra Schwarz-Goerlich, John Revill, Dave Graham, Thomas Seythal e Friederike Heine)