
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou, na quinta-feira (23), o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) por perseguição, violência psicológica, violência física e ameaça contra sua ex-mulher, Cíntia Chagas. As ações tramitam sob segredo de Justiça e também resultaram em um pedido de prisão preventiva do parlamentar, que nega as acusações.
De acordo com a promotora Fernanda Raspantini Pellegrino, os crimes teriam ocorrido durante e após o relacionamento do casal, entre 2022 e 2025. A denúncia descreve uma escalada de violência física, moral e emocional, apontando que o deputado teria adotado comportamentos para controlar e degradar a ex-companheira, provocando danos psicológicos e físicos.
Nos autos, o Ministério Público relata episódios de agressões físicas, em que Bove teria beliscado e apertado o corpo da vítima, inclusive na presença de outras pessoas, enquanto fumava maconha.
O caso corre em sigilo, mas, segundo fontes ligadas à investigação, o MP fundamentou o pedido de prisão preventiva com base em risco de reiteração de conduta e tentativa de intimidação da vítima.
A defesa de Lucas Bove afirmou que o deputado repudia as acusações e que irá comprovar sua inocência durante o processo judicial.
O Tribunal de Justiça de São Paulo ainda não se manifestou sobre o pedido de prisão preventiva.