
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, nesta quinta-feira (13), mais uma fase da Operação Sem Desconto, que apura um esquema bilionário de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com as investigações, o grupo criminoso inseria informações falsas nos sistemas do INSS para realizar descontos indevidos em benefícios previdenciários, vinculando aposentados e pensionistas a associações ou entidades sem qualquer consentimento.
Nesta etapa, estão sendo cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares em 15 estados — Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins — e também no Distrito Federal.
Segundo fontes ligadas à investigação informaram à CNN Brasil, entre os presos nesta fase estão servidores públicos do INSS, empresários e lobistas suspeitos de participação direta no esquema.
Os investigados podem responder por inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação patrimonial.
A operação é fruto de uma força-tarefa entre a PF e a CGU, que vem atuando desde as fases iniciais da investigação para rastrear o caminho do dinheiro e identificar os responsáveis pela estrutura criminosa. O prejuízo aos cofres públicos e aos beneficiários do INSS é estimado em bilhões de reais.
A Polícia Federal informou que as apurações continuam e que novas fases da operação não estão descartadas, conforme o avanço da análise dos materiais apreendidos.