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Ex-delegado-geral Ruy Ferraz é executado por ordem do alto escalão do PCC, diz MP-SP

Denúncia do Ministério Público aponta vingança do Primeiro Comando da Capital pela atuação policial de Ferraz ao longo da carreira; oito pessoas são acusadas por homicídio e participação na organização criminosa.

21/11/2025 às 17h28
Por: REDAÇÃO MUNICÍPIOS EM AÇÃO Fonte: Bahuan Taleb
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Carro suspeito de ter sido usado na execução do delegado Ruy Ferraz Fontes é encontrado em chamas em Praia Grande, SP — Foto: Reprodução e Prefeitura de Praia Grande
Carro suspeito de ter sido usado na execução do delegado Ruy Ferraz Fontes é encontrado em chamas em Praia Grande, SP — Foto: Reprodução e Prefeitura de Praia Grande

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi executado a tiros em setembro deste ano no litoral paulista, e, segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo nesta sexta-feira (21), o crime teve ordem do alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC) como vingança por sua atuação ao longo dos anos.

De acordo com a acusação, a morte de Ferraz não foi um ataque isolado, mas parte de um plano articulado para retaliação. Os promotores apontam que a execução foi cuidadosamente orquestrada por integrantes da facção criminosa, motivados por ressentimentos e pelo histórico profissional do delegado.

Quem são os denunciados

O Ministério Público denunciou oito pessoas como executoras e partícipes do plano criminoso. Eles devem responder pelos crimes de integração em organização criminosa armada, homicídio qualificado consumado e tentado, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e favorecimento pessoal:

1 - Felipe Avelino da Silva (vulgo Mascherano)

2 - Flávio Henrique Ferreira de Souza (Beicinho ou Neno)

3 - Luiz Antonio Rodrigues de Miranda (Gão ou Vini)

4 - Dahesly Oliveira Pires

5 - Willian Silva Marques

6 - Paulo Henrique Caetano de Sales (13 ou PH)

7 - Cristiano Alves da Silva (Cris Brown)

8 - Marcos Augusto Rodrigues Cardoso (Pan, Fiel ou Penelope Charmosa)

Denúncia e desdobramentos

Segundo o MP, a acusação mostra como a facção buscou “vingança” contra Ferraz por operações que prejudicaram seus negócios criminosos ao longo dos anos. A execução foi mais do que retaliação: foi um aviso e demonstração de poder por parte do PCC, conforme os promotores.

Agora, com a denúncia formalizada, o processo deve avançar na Justiça para apurar o grau de envolvimento de cada denunciado e confirmar as motivações por trás do crime. A investigação também pode revelar se houve participação de outros membros da organização ou quais foram os mecanismos de comando utilizados para planejar a execução.

A sociedade paulista, autoridades policiais e familiares de Ruy Ferraz acompanham atentamente os desdobramentos do caso, que pode se tornar emblemático no enfrentamento entre poder institucional e crime organizado.

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