Os policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, acusados do assassinato do estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 27 anos, solicitaram à Justiça uma medida protetiva contra o pai da vítima. O pedido foi feito mesmo com os dois réus respondendo ao processo em liberdade desde o início das investigações.
O crime ocorreu em novembro do ano passado, quando Marco Aurélio foi morto a tiros em circunstâncias que envolvem abuso de autoridade e uso excessivo da força por parte dos militares. O caso gerou grande comoção e protestos da comunidade acadêmica, além de pressão de entidades de direitos humanos.
Segundo os advogados dos policiais, o pai do estudante teria feito supostas ameaças aos acusados durante audiências e em redes sociais, o que motivou o pedido da medida judicial. Os representantes legais da família Acosta, no entanto, classificaram a solicitação como uma manobra para tentar desviar o foco do crime e intimidar os familiares da vítima.
“É mais uma tentativa de inverter os papéis. Os responsáveis pela morte brutal de um jovem cheio de sonhos agora querem se passar por vítimas”, declarou o advogado da família, que reforça que não há provas das supostas ameaças.
Guilherme Macedo e Bruno do Prado seguem respondendo por homicídio qualificado, mas permanecem em liberdade enquanto o caso tramita na Justiça. A família de Marco Aurélio segue cobrando celeridade no julgamento e justiça pela morte do estudante, que cursava o último ano de medicina e tinha cidadania colombiana.
O pedido de medida protetiva ainda será analisado pelo Judiciário.