Salt Lake City, EUA — Uma família americana foi indenizada em US$ 951 milhões (cerca de R$ 5 bilhões) após um parto mal conduzido em um hospital de Salt Lake City resultar em lesões cerebrais permanentes na filha recém-nascida. O caso, que ocorreu em outubro de 2019, veio à tona após decisão judicial que responsabilizou a instituição por negligência grave.
Anyssa Zancanella e Danniel McMichael estavam de férias na cidade quando procuraram atendimento médico para o nascimento de sua filha, Azaylee. Segundo os autos do processo, o hospital designou enfermeiras recém-formadas para o procedimento, que cometeram uma série de erros críticos — incluindo a administração excessiva de Pitocina, medicamento utilizado para induzir contrações, e a falha em reagir a sinais claros de sofrimento fetal.
Apesar dos alertas das enfermeiras sobre alterações na pressão arterial do bebê e febre na mãe, o médico de plantão ignorou os sinais e voltou a dormir. A situação culminou em uma cesariana de emergência, durante a qual Azaylee sofreu privação de oxigênio, resultando em danos cerebrais severos.
Ao nascer, a bebê apresentava hematomas, inchaço facial e deformidade craniana. Hoje, aos cinco anos de idade, Azaylee depende de cuidados intensivos 24 horas por dia, sofre com convulsões frequentes e não possui funções cognitivas ou motoras típicas para sua faixa etária.
A decisão judicial foi considerada histórica pela magnitude da indenização e pela gravidade dos erros cometidos. O hospital ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.