A médica neurologista Cláudia Soares Alves não faz mais parte do quadro de servidores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A exoneração foi oficializada por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União, após a conclusão de um processo administrativo disciplinar instaurado pela instituição.
Cláudia foi presa em julho de 2024, acusada de sequestrar uma recém-nascida de apenas três horas de vida no Hospital de Clínicas da UFU. Na ocasião, ela se passou por pediatra, utilizou seu crachá funcional para acessar a maternidade e levou a bebê sob o pretexto de alimentá-la. A criança foi localizada no dia seguinte em Itumbiara (GO), e a médica foi detida.
A UFU informou que, por estar em estágio probatório — período de avaliação de três anos para novos servidores — a demissão não permite recurso interno. A decisão foi fundamentada na Lei nº 8.112/1990, que rege o funcionalismo público federal, e considerou infrações como uso indevido do cargo e conduta incompatível com a moralidade administrativa.
Cláudia Soares Alves responde na Justiça pelos crimes de tráfico de pessoas e falsidade ideológica. A defesa da médica afirma que irá recorrer judicialmente da decisão.